terça-feira, abril 05, 2011

A água estava calma e o moinho mal se mexia. Estava calor, mas chovia. Abri o guarda-chuva e fui ter contigo. Olhamo-nos… Tinhas um ramo de flores para mim. Demos as mãos e fomos para aquele sítio, onde estava o nosso pequeno banco. Ficamos horas a olhar, não dissemos nada. Tocaste-me duas vezes no ombro e tiras-te um baralho de cartas do bolso. Abriste-o para eu escolher uma carta. Escolhi um dez de copas pretas. Ou melhor, eu nem sei… na altura estava tudo muito preto… Devolvi-te as cartas com o dez metido no meio do baralho. Tentas-te baralha-las, tentaste impressionar-me. Deixaste-as cair. Virei a cara enquanto apanhavas todas as cartas e preparavas outro truque! Nada… e eu, inofensiva, tirei um girassol por detrás da tua orelha. Sorriste, com aquele sorriso delicioso e saímos dali, de mão dada. Parámos, peguei nas tuas mãos e tapei-te os olhos, disse umas palavras ao teu ouvido e fugi. Quando abris-te os olhos ficaste sério, correste atrás de mim e eu agarrei-te. Fomos por aquele lindo sítio fora, tiraste-me fotos e eu… desapareci. O meu guarda-chuva estava no rio. Apanhaste-o, sorriste e foste embora, sozinho.

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