"Basta! Não há maior poder que o da cona, acostumada à violência e ao sangue que escorre de dentro. Forçada a esconder o menstruo. (...)
Não há nada de obsceno no seu sangue.
(...)
A cona não é suja, por mais que o ensinou a publicidade. A vergonha continua, é preciso preservar o tabu, criar novos e inúteis produtos e manter a insegurança acesa.
A cona não cheira mal. Mal cheira o dinheiro das vossas vendas. Fétidos são o pudor e o medo e os químicos inventados para solucionar problemas inventados.
(...)
Não se nasce cona, torna-se cona."
Escrito por Cláudia Lucas Chéu
Fotografia: www.joanameneses.com
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